Arquitetos de Santa Maria ganham concurso nacional com projeto de casa popular

Dois escritórios de arquitetura e uma construtora de Santa Maria venceram o Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para Habitação de Interesse Social, que foi promovido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB-DF).

Entre 88 concorrentes de todo o país, profissionais dos escritórios Lineastudio e Venturo e da Zacon Zanini Construções, de Santa Maria, foram vencedores em uma das três categorias, ao projetar uma casa popular com baixo custo e arquitetura de alta qualidade.

O mais legal é que o projeto não ficará só no papel. A companhia do Distrito Federal fez o concurso para construir pelo menos 200 dessas casas populares. O projeto santa-mariense venceu na categoria 2, de casas de dois dormitórios, mas já prevendo expansão para três quartos. Há o modelo de um andar, e o de dois andares, com uma casa em cada pavimento.

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– Eu fiquei muito satisfeita porque essas pessoas não costumam ter acesso a uma arquitetura de qualidade e, agora, vão ter, além de poder viver com mais dignidade. Esse prêmio também foi importante para mostrar que a arquitetura de qualidade pode ser feita em todos os locais, e não só nas capitais, e para mostrar que outros arquitetos do interior também podem – diz a arquiteta Luara Soares Mayer.

Projeto para casas só no térreo Foto: Lineastudio / Divulgação

– Não temos hábito de participar de concursos pela demanda do escritório, mas quando vimos o edital, ele nos motivou pelo fato de podermos retribuir à sociedade tudo o que aprendemos, para fazermos casas populares com um projeto de qualidade e de custo mais acessível – diz o arquiteto Zé Barbosa.

Entre as vantagens do projeto e que ajudaram a ganhar o concurso, estão: conforto térmico por usar blocos de concreto e por ter laje e telhado mesmo sendo casa popular; boa circulação de ar; redução da área de circulação interna para maior aproveitamento do espaço para as peças; racionalidade e redução de gastos de materiais por o projeto prever o uso de blocos sem necessidade de cortá-los; pontos hidráulicos centralizados, reduzindo gastos de materiais; e projeto modular, para ser replicado. 

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As casas têm 57 m² e terão custo de R$ 65 mil a R$ 68 mil, mas se forem construídas em escala, o valor poderá baixar. Tomara que esse projeto possa ser replicado por todo o país.

O projeto vencedor foi feito pelos engenheiros Gustavo Panciera Abbad, Rogelio Zanini e Daniel Zanini, da Zacon Zanini Construções, e pelos arquitetos Ronald Luis da Cruz Jung, Luzia Olivier Brand, Vinicius Farias, Uilian Marconato, Luara Soares Mayer e Luiz Carlos Barbosa Filho (Zé Barbosa), dos escritórios Lineastudio e Venturo.